Rhinolophus ferrumequinum (Schreber, 1774)

Morcego-de-ferradura-grande

Morfologia de Rhinolophus ferrumequinum

 © Francisco Barros
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 © Hélder Conceição
 © Diogo Oliveira
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 © Francisco Barros
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Informação detalhada sobre Rhinolophus ferrumequinum

Descrição geral:
Trata-se da maior espécie europeia pertencente ao género Rhinolophus . As membranas alares são castanhas escuras. Nas estruturas membranosas que rodeiam o nariz, as margens da sela são fortemente côncavas, formando um ápice arredondado e o processo conectivo é redondo e salienta-se aproximadamente o mesmo que a sela. O seu pêlo é castanho claro, com as extremidades mais escuras no dorso.
Peso e dimensões: Comp. cabeça-corpo: 57-71 mm; Comp. cauda: 35-43 mm; Comp. antebraço: 54-61 mm; Envergadura: 350-400 mm; Peso: 17-34 g.
Dimorfismo sexual:  Inexistente.
Vocalizações: Sinais de frequência constante (77-83 kHz) e longa duração (30-40 ms).
Longevidade: Idade máxima registada de 30 anos.

Habitat:
Ocorre em zonas calcárias, onde utiliza grutas como abrigo, utilizando também minas e construções humanas, em particular durante a época de criação. Parece caçar essencialmente em zonas bem arborizadas, utilizando ocasionalmente zonas abertas próximas.

Biologia:
Ocupação do espaço: Espécie sedentária. As distâncias entre diferentes abrigos são geralmente reduzidas (20-30 Km).
Reprodução: Geralmente as fêmeas atingem a maturidade sexual no terceiro ou quarto ano de idade, enquanto que os machos se tornam maturos a partir do segundo ano. O acasalamento dá-se durante o Outono e talvez no Inverno, nascendo apenas uma cria por ano, geralmente durante o mês de Junho.
A sua maturação sexual tardia, aliada ao facto de morrerem alguns indivíduos antes de se reproduzirem, leva a que as populações desta espécie, tenham baixa capacidade de regeneração.
Hábitos: De actividade nocturna, abandona o abrigo ao anoitecer. Hiberna no Inverno, podendo no entanto alimentar-se junto à entrada do abrigo em condições climáticas amenas. Ao longo de todo o ano, os indivíduos desta espécie formam em geral pequenas colónias pouco compactas ou mesmo dispersas. A sua dimensão é muito variável, sendo frequente encontrar grupos desde menos de 10 indivíduos até colónias com muitas dezenas de animais. Mais raramente, é possível observar grupos com algumas centenas de indivíduos. Não se abrigam, em geral, em associação próxima com outras espécies de morcegos, ainda que tal possa, por vezes, acontecer.
Alimentação: A sua dieta é essencialmente constituída por grandes insectos, especialmente borboletas nocturnas e escaravelhos. Caça em voo geralmente baixo e lento, podendo planar e capturar insectos do solo.

Estatuto de conservação:
 Continente : VU – Vulnerável; Espanha : NT – Quase ameaçado; UICN : LC-Pouco preocupante

Estatuto legal:
Acordo Europeu para a Conservação de Morcegos; Anexo II da Convenção de Berna; Anexo II da Convenção de Bona; Anexos BII e IV do DL 140/99, de 24/4 com a redação dada pelo DL 49/2005, de 24/2 (Directivas aves e Habitats).

Fonte: SIPNAT/ICNB

Links de interesse: http://www.icn.pt/sipnat/private/DetalheEspecie.aspx?ID_ESPECIE=154